sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Decisões


2014 foi marcado por 2 decisões importantes na minha vida. Poderia acrescentar também difíceis, embora de tão inevitáveis, tornaram-se fáceis.

Difíceis, porque sempre decidi tudo em função dos outros. O que estiver bem para os outros eu cá me arranjo e fica tudo bem. Não entrar em conflito sempre é muito mais fácil e acabo por me acomodar a algo que no fundo não desejo. Deixar o que já não nos faz bem nem sempre é pacífico. Habituei os outros que eu fazia aquilo que me pedissem, habituei a ser sempre a favor e nunca do contra. O ano passado ficou marcado por essa mudança na minha vida.

Decidi começar a viver mais para mim. Passava o tempo todo a resmungar que nunca tinha tempo para nada, andava sempre ocupada com coisas que não eram minhas e sentia-me a afundar, sentia um vazio tão grande que de vez em quando parecia que me perdia nele e que eu não era nada nem ninguém.

Nem eu me reconheci quando decidi acabar com tudo e ter mais tempo para mim. Nem eu me reconheci quando decidi que o que os outros dizem que é bom para todos, afinal para mim não é. Eu e os meus não somos os outros, o que é bom para eles pode não ser para nós. Mas eu sabia que haveria consequências e preparei-me para elas. Não está a ser fácil, as pessoas conseguem sempre surpreender com as suas atitudes de quem não aceita bem que os outros possam pensar diferente.

Uma das pessoas envolvidas, disse-me de forma indirecta que só damos valor às coisas quando as perdemos. E eu concordo. Mas quando não estamos bem, quando temos alternativa, se não tentarmos também nunca vamos saber se pode ser melhor ou pior ou mesmo, dar valor ao que deixamos para trás. Se eu vir que as coisas não funcionam poderei sempre voltar atrás, sou humilde o suficiente para reconhecer que a minha decisão não foi a mais acertada. 

Estes dias dei comigo a pensar que começo a ficar saturada das atitudes que têm tido para comigo e perguntava-me se realmente foram as melhores decisões, se não deveria ter esperado e aguentado mais um pouco. Mas se me perguntarem se para não sofrer essas consequências eu voltava com as minhas decisões atrás, ou se estou arrependida, eu penso, eu sinto e afirmo: não! Estou tão em paz com estas decisões que, venha o que vier, há-de passar, eu sou uma pessoa de fé e o importante é eu estar feliz e olhar para os meus e vê-los felizes também.



2 comentários:

  1. Os que gostam realmente de ti vão perceber que essas mudanças tinham que acontecer e vão ficar, os outros não são importantes, acredita.

    ResponderEliminar
  2. Mudanças complicadas...Aliás, não há mudanças fáceis

    claudiapereira96.blogspot.com

    ResponderEliminar