sexta-feira, 24 de julho de 2015

Coisas simples fazem-nos felizes

Podia dizer que estou muito feliz porque hoje entro em férias. Estou, apesar da chuva que até me baralha as ideias, mas não é por aí...

Ultimamente tenho andado triste, desanimada, sem vontade de escrever, tudo por culpa do meu joelho. Fui correr uma vez pela estrada e apesar de ter corrido bem, quando parei quase nem podia andar com as dores. Tentei mais um dia mas corri 100 mts e voltei para casa furiosa. Não conseguia. Tinha mesmo de descansar. Mas este descanso está a pôr-me com os nervos em franja, ando stressada, as calças começam a apertar-me e ando desanimada. Triste. Ansiosa, porque como estou melhor na próxima semana recomeço.

E ontem, à hora de almoço o marido pergunta-me se quero ir dar uma volta de bicicleta. Apetecia-me dizer logo que sim mas já tinha o jantar programado e levava algum tempo, ir comprar estava fora de questão que as minhas finanças andam pela hora da morte e ele que vai ter um trail próximo domingo não devia descansar? Ok, para mim os 30kms que fazemos ao final do dia é puxadito, para ele é um passeio por isso não se cansa. 
Demos a volta situação e enquanto nos preparávamos, pusemos o filho mais velho a adiantar uma coisa mais simples e que eu terminei quando cheguei a casa. 

Já não pegava na bicicleta há mais de um mês, estava com receio do joelho principalmente nas subidas, mas nada, não me doeu nada, fiz os 30kms bem, muito bem, mesmo a nível de caixa. Só as pernas é que ainda não tenho pernas para maiores pedaladas mas nem para pedaladas nem para corridas mas é tudo uma questão de treino. Senti-me tão livre, tão feliz, de repente parecia outra pessoa. Tenho a sensação de que a minha vida parou durante estes 15 dias e ontem voltou a rolar. Há coisas simples que nos fazem muito felizes! 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Senhor, estou muito cansada*

Descansa, Sol, descansa....


*Ou, as saudades que eu vou ter do monte!

A última vez no monte

O treino de ontem foi suave outra vez. Quer dizer, eu falo suave porque não me esforço muito nas subidas porque em estradões e descidas é tudo normal. 
Até chegar ao monte é sempre a subir mas é em estrada e em estrada como o piso é regular não me dói nada. Mas chegamos à primeira subida tive de parar logo porque me começou a picar e já me condiciona a subida. No final da subida recomeço sem dor. Mais à frente a subida até era pequenina mas toquei numa pedra e o joelho doeu logo. Ficamos ali parados, assim não pode ser, não posso passar a vida a parar. Pensei em voltar para casa e deixar o marido continuar, mas eu queria tanto...pedi-lhe para ter paciência e apenas por ontem acabávamos a corrida de uma forma mais suave. Enquanto corria pensava o que havia de fazer. O trail que eu queria ir no final do mês, que é cá no concelho e numa zona muito bonita que eu queria muito fazer, esse foi-se à vida. Não dá. Até porque já vi o vídeo promocional e há um escadório enorme para subir e escadas é o que mais me custa subir. Fiquei triste, queria tanto ir a esse trail....paciência. Decidi que o monte este ano fica para trás. Talvez não esteja a usar as melhores sapatilhas para o monte. Já andei a ver umas mas para já não dá para comprar. Vou voltar à estrada e intercalar com BTT. 
No final, apesar de todas as paragens que fizemos, o tempo feito nos 8 kms ainda foi melhor. Fiquei satisfeita com o tempo feito mas preciso de mais kms.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Treino Suave

A semana passada estive parada. Estive a descansar do trail e a descansar o meu joelho que me começou a doer. Não é uma dor contínua, dói-me quando tenho de fazer um esforço maior com o lado esquerdo, a subir escadas por exemplo e quando vou a conduzir, ao colocar o pé na embraiagem. E não é sempre.
Ontem ainda me doía mas era dia de ir correr e não quero estar muito tempo parada. Até à última pensei em não ir até porque as dores estavam cada vez mais intensas. Comecei a ficar mal disposta mas estava era a arranjar mais uma desculpa para não ir porque quando se começa a correr tudo passa. Tomei um chá com bastante açúcar, vesti-me e pensei que fazia meia dúzia de metros e voltava para casa. Mas não. Aguentei-me bem. Nos trilho em que o terreno era plano eu fui sempre bem, quando havia subidas mais acentuadas e me começava a dar as picadas eu parava e ia a caminhar. Recomeçava novamente sem problema nenhum. Decidi não subir ao monte no final porque a subida é maior e mais íngreme e não queria forçar muito o joelho. Foram 8kms muito suaves, soube-me a tão pouco mas já deu para expulsar aqueles sentimentos negativos de irritação que se apoderaram de mim estes dias. Sinto-me mais calma. E mais dorida também, mas isso eu gosto!

terça-feira, 7 de julho de 2015

Sabes que estás a precisar de férias quando...

...Ligas a televisão mas ela desliga-se porque já estava ligada.
...o teu colega pede para o ir buscar e passados 15 minutos liga-te a perguntar se te esqueceste (claro que esqueci!)
...Mais tarde pede-te para o ires buscar a um sitio e tu vais buscá-lo a outro
...enervas-te com pessoas e discutes assuntos que não são discutíveis
...quando te perguntam porque estás tão enervada as lágrimas rolam


quarta-feira, 1 de julho de 2015

Coisas que uma mulher sonha durante uma vida e acontecem num trail

Ter dois polícias a mandar parar o trânsito só para a madame passar!

O trail

De um modo geral, posso dizer que o trail correu bem, visto que fiz o meu melhor tempo. Mesmo assim houve alguns factores que me dificultaram a prova: primeiro foi o calor que se fazia sentir nesse dia. Se eu já tenho uma respiração ofegante então nesse dia foi bastante pior, estava a ver que abafava. 
Tal como tinha dito, tinha um medo muito grande de me perder porque não tenho o hábito de seguir as fitas. E aconteceu logo no inicio da prova. Eu ia sozinha e pareceu-me ver alguém virar à esquerda e eu virei também. Embalei na descida e só quando cheguei lá abaixo é que me apercebi que havia vozes e que não vinham na minha direcção. Procurei as fitas e não as vi em lado nenhum. Voltei para trás já com o coração acelerado pelo medo. A partir daí fui sempre com muita atenção às fitas e nunca mais me perdi!
Fui sempre sozinha. Os da frente iam bastante distanciados de mim embora de vez em quando conseguisse avistar umas cabeças ao longe. Os de trás acabaram por ficar bastante para trás. 
Levei uma bebida energética embora eu não notasse diferença nenhuma, antes pelo contrário, talvez por isso tivesse feito melhor tempo. Foi a primeira vez que bebi e não contava que fosse tão açucarado o que ainda fez com que tivesse mais sede. E a minha sede fez com que fizesse mais uma asneira: cheguei ao posto de abastecimento e nem comi, bebi dois copos de água seguidos que ficaram embolados no lado esquerdo e me dificultou bastante o resto da prova pois tinha dores incómodas.
Apesar de todas as dificuldades cheguei à meta super feliz. Por ter superado o trauma de ir sozinha e pelo tempo que fiz.