sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Coisas do meu dia

Perco-me nas horas e saio já um pouco atrasada. Chego à cidade cheia de fome e debaixo de uma chuva mesmo chata. Entro na pastelaria mas hoje não tenho tempo para comer com calma e por isso peço que me embrulhem um croissant simples para comer depois. Enquanto me embrulham o croissant reparo na Senhora que está ao meu lado que anda de cá para lá diante da montra dos bolos certa de que todos lhe enchem as medidas e não sabe por qual se decide. Já conheço esta Senhora de vista, pois de cada vez que lá vou ela anda sempre às voltas com a escolha. Também já fui como ela, mas deixei-me disso e só vai o croissant simples à falta de fruta lá em casa. Quase sem tocar, lanço o embrulho para dentro da bolsa porque estou carregada de coisas.  Depois de tudo resolvido na cidade volto para o carro ainda com aquela chuva chata. A minha barriga não pára de rebolar com fome e resolvo atirar-me ao croissant que já salivo por ele enquanto ouço a chuva a bater no vidro. Pego no embrulho e penso "o que terão feito ao croissant que é tão pequeno?". Abro rápido porque a fome perdeu-se no medo de abrir o pacote e de repente...uma nata? Uma nata? Não posso! Não, a sério, podia ter-se enganado em qualquer um, mas nata, não!! Eu detesto natas!


*Croissant simples e nata tem tudo a ver não?

Não sou loira, mas às vezes parece :)

Tenho um colega de trabalho Espanhol:


Colega: Sol, necesito de un ratón.

Eu: Precisas de quê?

Colega: Un ratón!

Eu: O quê?

Colega: Un ratón!

Eu: Que é isso?

Colega: A mouse?!

Eu: Ai um rato, ah! ok...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Pessoa calma, eu?

Tinha hora marcada na Segurança Social e mesmo sendo onde é não gosto de chegar atrasada. Ia a sair, já em cima da hora quando o colega me pede boleia para o mecânico que fica no caminho. Íamos a meio do caminho e ele diz "espera, não sei se trouxe a chave" e eu saio-me com um "você não me enerve, eu estou atrasada e não volto para trás". Ele riu-se e disse-me "tu enervada, não! És a pessoa mais calma que conheço, contigo não há stress, quando estamos enervados dizes para nos acalmarmos, para respirar fundo e contar até dez que isso passa. Não, tu não, em ti não existe stress". Dei uma gargalhada e disse-lhe que se o meu marido ouvisse isso não diria que falariam da mesma pessoa.
Chego a casa e conto ao marido, ele ri-se e pergunta-me" isso é mesmo verdade?".

É. Felizmente ou infelizmente, é verdade. Não sei porquê mas no trabalho não me enervo, não fico stressada. Podem dizer que provavelmente o trabalho não me mata, desenganem-se. Tenho muito trabalho e nem mostro a minha secretária neste momento porque até a mim faz confusão. Faço muito serviço no exterior o que me atrasa bastante o trabalho de escritório. Mas não me enervo. Por vezes, o "maior" enerva-se e acho sempre que é desta que a casa vai abaixo, tamanho é o reboliço que vai lá por cima. Nem me interessa, passa-me ao lado. Por vezes o "maior" descarrega em cima de mim, mas eu faço de conta que não se passa nada, não é nada comigo. Se me grita aos ouvidos e precisa de uma resposta, eu respondo sempre na maior das calmas, o que faz com que passados 2 dias me venha pedir desculpas. Se precisam de determinado serviço para ontem, ele fica feito ontem. Sem stress. Ás vezes enervo-me, sim, mas lembro-me que uma vez correu muito mal e seguindo o meu próprio conselho, respiro fundo e conto até 10. Ninguém dá por nada. Nem eu me reconheço no trabalho.

Em casa é um pouco diferente. Vivo com três homens em casa, por isso estão a ver a dimensão do problema! Chamam por mim a toda a hora, minuto, segundo, se eu resmungo é porque sou uma chata, se eu não respondo amuam, enfim, são homens, sejam pequenos ou grandes, são homens!!
Passo a vida de um lado para o outro, e só ouço "ó mãe isto, ó mãe aquilo, ó mãe onde está isto e aquilo, ó mãe fazes-me isto e aquilo, ó Sol anda cá, ó Sol o que achas.........", chego a um ponto tão saturada, tão saturada que muitas vezes digo aos meus filhos "conheceis a palavra Pai? É que ele também sabe coisas....". Como é que uma pessoa não entra em stress, hein?
Mas apesar de todo o stress, é tão bom estar em casa! O que eu dava para estar em casa neste momento com todos a falar ao mesmo tempo e a chamar por mim vezes sem conta :)

Run Sol, Run

Passados 15 dias voltei às minhas corridinhas ao ar livre.

Conclusão:

Tempo de percurso: menos 10 minutos que no inicio, quando comecei a correr
Subidas: muito melhor! Já não chego ao fim da subida a abafar e a sentir o coração a sair-me pela boca. A minha respiração durante o percurso está a melhorar bastante. 
Chuvinha: Milagrosa :)
Dores: Não senti nada
Sentimento ao chegar a casa: leve, tão leve que sinto que posso voar! Feliz, tão feliz que só me apetece cantar e dançar! 

Andava mesmo em baixo e esta corrida animou-me bastante. yeah!
               



quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Andam a pôr-me à prova

Infelizmente, digo eu agora, sempre ou quase sempre fui desistindo perante os obstáculos. Em vez de os contornar não, desistia mesmo.
O ano que passou foi decisivo nesta mudança.
Em fins de Novembro decidi começar a correr ao ar livre com o marido. Já antes tinha tentado mas ele levava-me sempre para o monte onde era sempre a subir e eu não aguentava e acabava por desistir. Em Novembro passado decidi tentar novamente. Informei o marido do percurso que queria fazer e avisei-o que seria ao meu ritmo e que se no inicio tivesse que parar algumas vezes, ia parar. Fiz-lhe um ultimato, ou ele vinha comigo naquelas condições ou eu ia sozinha. Ele aceitou mas resolveu aumentar o percurso em 1km e eu lá aceitei. Passado uns 15 dias comecei a fazer BTT e por azar dos diabos até gostei e nunca mais quis parar! Pois que em meados de Dezembro o filhote mais novo ficou doente com uma pneumonia e eu com muita tosse e tive de parar. Mas o bichinho pegou e eu andava louca para voltar. E lá voltei, e comecei a aumentar os percursos, andava feliz da vida. Agora com a "partida" do meu pai e a pneumonia do filho que teima em não desaparecer, tive de parar novamente. E ainda não é este sábado que volto ao BTT, porque domingo o marido tem uma prova e não se quer cansar no dia anterior. Esta é daquelas coisas que eu não entendo porque ele diz que vai fazer um passeio de bicicleta comigo e depois diz que não se quer cansar, e eu rio-me baixinho...
Daí que lá estou eu outra vez parada e tenho um bichinho cá dentro com uma ansiedade tremenda mesmo estando eu esgotada física e emocionalmente.
Não sei quem me quer pôr à prova mas...vida, vida, se achas que eu vou desistir outra vez podes dar meia volta e pôr-te a andar! Desta vez é definitivo, nada me vai fazer parar. O bichinho pegou e veio para ficar!

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Contradições do meu dia

Gosto muito do sol que bate na vidraça de manhã, é tão quentinho nestes dias tão gélidos que se fazem sentir e que me permitem trabalhar sem ter de ligar o aquecimento.

Não gosto do sol que bate na vidraça de tarde que me deixa o gabinete num forno doentio, só me apetece tirar a roupa toda, ou ligar o aquecimento no frio. Vai-me valendo abrir a porta um bocado para entrar ar mas entra o frio que me põe os pés gelados.

O (este) ser humano é tão insatisfeito, nunca anda bem com vida que tem! 

Ausência de abraços

Foi o que mais senti nestes dias.
Só quem passa por uma situação de perda é que sabe o quanto é importante uma palavra seja apenas para dar os sentimentos. 
A dor é tão grande que qualquer sorriso, qualquer palavrinha nos aquece a alma naquele momento.
Muita gente passou e também me confortou, mas há ausências grandes e que deixam um vazio muito grande. Aquelas que para além da família são as mais importantes da nossa vida, aquelas com quem contamos em todos os momentos, entristece-me que não tenham tirado cinco minutos das suas vidas para me dar um abraço, aquele abraço que seria mais confortante que qualquer outro. 
Também sinto ausência de quem todos os dias está connosco no trabalho mesmo aqui ao nosso lado e nunca foi capaz de me dar os sentimentos, nem um aperto de mão, nem uma mensagem, nem ter vindo ao pé de mim quando me ouviu a chorar no momento em que recebi a notícia. E foram muitos os que se chegaram mesmo estando mais longe e me ajudaram muito porque aquele momento, nem há palavras que o descrevam
Não gosto de julgar ninguém porque a perda vive-se de maneira diferente de pessoa para pessoa mas pergunto-me se há pessoas que se julgam eternas ou que não têm sentimentos.
Para mim hoje é mais fácil contornar estas situações mas nem sempre o foi. No fundo, uma simples palavra, ou um beijo, ou aperto de mão quando não há mais para dizer, denota uma certa preocupação um certo carinho com a nossa pessoa e sinto que aqui há outro sentimento que não sei, nem quero descrever porque recuso-me a sentir algo do género seja por quem for.
Costuma-se dizer que quando acontecer ao outros temos a oportunidade de dar a resposta. Espero ter, mas a resposta que lhes darei, será com a minha presença, presença física e presença de um abraço. Essa é a melhor resposta que podemos dar.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Há coisas para as quais nunca estamos preparados

Apesar de viveres preso há mais de 20 anos a uma doença, a qual sempre soubemos que nunca morrerias dela, o corpo foi perdendo resistência, foi ficando muito debilitado. Fui-me mentalizando que qualquer dia poderia acontecer, um corpo tão frágil não conseguiria lutar caso uma doença mais ou menos grave aparecesse. Nunca pensei que pudesse ser assim. Pensei que ficarias doente e que teria pelo menos alguns dias para percebermos que ias partir. Assim não.Ver-te bem hoje, ver-te até sorridente, poder conversar contigo e de repente, sem que nada o faça prever já cá não estás.
Apesar de andar algum tempo a tentar preparar-me, na verdade nunca estamos preparados.
Já passaram oito dias e a tua presença faz-se sentir a cada canto daquela casa. Cada vez que lá entro, o meu coração procura-te, ali perto da lareira onde te encontrava sempre.
Sabemos que neste momento estás em paz, acabou-se o teu sofrimento, mas a saudade, essa é muito dolorosa. A saudade do teu sorriso, a saudade da tua presença. Aquela casa girava à tua volta: "vai ver se o Zé está bem", "Zé precisas de alguma coisa?", "Vai buscar o Zé", "pergunta ao Zé se quer comer", "o Zé está a chamar", "leva-me para aqui", "leva-me para ali". Os teus netos adoravam-te, brincavam contigo,  mesmo que tu não quisesses ninguém a chatear-te, eles não compreendiam que também sofrias por dentro. De repente ficou o silêncio, um silêncio que nos está a desgastar por dentro. Nem as crianças conseguem dar alegria àquela casa porque a alegria delas foi substituída pela ausência do Zé.
Espero que o tempo passe e cure a dor da tua ausência, mas para sempre fica o amor que todos sentíamos por ti.
Até já Pai... 

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O que me dizem os meus olhos

Que têm um peso enorme em cima deles...
(Há noites difíceis...e dias também)

Crónicas do meu BTT

Saímos mais tarde de casa e por isso fui logo avisada que não era para passear a bicicleta, que tinha de pôr ritmo até porque já é altura de fazer progressos. Não me incomodei muito com o aviso, mas fui com a vontade de dar tudo. 
O percurso ia ser o original, o primeirinho, também já sabia disso. Fiquei contente, é o que mais gosto. Mas fui-me apercebendo que a ideia não é muito boa: já conheço o percurso, já sofro por antecipação!

Ainda não tinha passado 5 minutos de sair de casa, começou a chover. 
A chuva, embora fria, não me incomoda muito. A lama que encontramos pelo caminho também não. Gosto de andar à chuva, gosto de me sujar, gosto de chegar a casa e tomar um banho quentinho! Tão bom!

Comecei a andar rápido, fui com o entusiasmo todo, quanto mais pedalava mais queria pedalar, ao fim das primeiras subidas começava logo a dar mais, estava a correr bem. Até que, numa subida mais acentuada que eu costumo fazer na 1º. pedaleira, mal a vi reduzi logo para que, com o ânimo todo conseguisse fazer aquilo na boa. Mal reduzi comecei a sentir a bicicleta mais pesada, eu reduzia velocidades mas nada, nada de ficar mais leve, não estava a perceber, até que....pois eu não coloquei na 1ª. pedaleira, coloquei na 3ª! Desisti no momento em que me apercebi até porque não aguentava mais. Fiquei desanimada, aquela subida arruinou com a minha moral. 

Continuei, continuei a fazer ritmo mas cada vez que chegavam as subidas mais acentuadas, desistia. Foram só mais duas mas não estava com forças, parecia que tinha perdido a energia toda naquela primeira. Que desânimo! A última antes de voltar para casa é a mais acentuada, essa nunca consegui, desta vez fui até meio e pensei que afinal nada está perdido!
 
Chegamos a casa meia-hora mais cedo que o costume. O PT diz que já lhe pareceu BTT, diz que eu até fui muito bem e os tempos melhoraram bastante! Nada me fez animar, sentia um cansaço tão grande, mas tão grande que eu acho que ele só disse isso para me animar. 

"Lembrei-me" que no dia anterior tinha ido correr, que aumentei o percurso e que tinha chegado a casa com muitas dores nas pernas. Penso que isso também não ajudou em nada mas eu sou assim, quando me lembro quero tudo de uma vez só e chego ao fim não faço nada. É mais uma lição a aprender: à sexta não há corrida.

Domingo fui tomar café e o marido mostrou-me uma entrevista à Noticias Magazine, de um ciclista, que não me lembro o nome, que começou há 10 anos. Dizia ele que as primeiras vezes ia dar uma volta até à Foz e na circunvalação parecia que ia a subir a Serra da Estrela. Passados 10 anos sobe a Serra da Estrela e pedala de Norte a Sul do país. Isto deu-me um certo ânimo. É exactamente como me sinto quando faço uma subida por pequena que seja. Mas eu chego lá. E estou na altura certa para insistir.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Decisões


2014 foi marcado por 2 decisões importantes na minha vida. Poderia acrescentar também difíceis, embora de tão inevitáveis, tornaram-se fáceis.

Difíceis, porque sempre decidi tudo em função dos outros. O que estiver bem para os outros eu cá me arranjo e fica tudo bem. Não entrar em conflito sempre é muito mais fácil e acabo por me acomodar a algo que no fundo não desejo. Deixar o que já não nos faz bem nem sempre é pacífico. Habituei os outros que eu fazia aquilo que me pedissem, habituei a ser sempre a favor e nunca do contra. O ano passado ficou marcado por essa mudança na minha vida.

Decidi começar a viver mais para mim. Passava o tempo todo a resmungar que nunca tinha tempo para nada, andava sempre ocupada com coisas que não eram minhas e sentia-me a afundar, sentia um vazio tão grande que de vez em quando parecia que me perdia nele e que eu não era nada nem ninguém.

Nem eu me reconheci quando decidi acabar com tudo e ter mais tempo para mim. Nem eu me reconheci quando decidi que o que os outros dizem que é bom para todos, afinal para mim não é. Eu e os meus não somos os outros, o que é bom para eles pode não ser para nós. Mas eu sabia que haveria consequências e preparei-me para elas. Não está a ser fácil, as pessoas conseguem sempre surpreender com as suas atitudes de quem não aceita bem que os outros possam pensar diferente.

Uma das pessoas envolvidas, disse-me de forma indirecta que só damos valor às coisas quando as perdemos. E eu concordo. Mas quando não estamos bem, quando temos alternativa, se não tentarmos também nunca vamos saber se pode ser melhor ou pior ou mesmo, dar valor ao que deixamos para trás. Se eu vir que as coisas não funcionam poderei sempre voltar atrás, sou humilde o suficiente para reconhecer que a minha decisão não foi a mais acertada. 

Estes dias dei comigo a pensar que começo a ficar saturada das atitudes que têm tido para comigo e perguntava-me se realmente foram as melhores decisões, se não deveria ter esperado e aguentado mais um pouco. Mas se me perguntarem se para não sofrer essas consequências eu voltava com as minhas decisões atrás, ou se estou arrependida, eu penso, eu sinto e afirmo: não! Estou tão em paz com estas decisões que, venha o que vier, há-de passar, eu sou uma pessoa de fé e o importante é eu estar feliz e olhar para os meus e vê-los felizes também.



quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Quinta-feira, 11h

Estou a ficar farta, mas tão farta...
(para não dizer todos os palavrões que me vêm à memória e mais alguns)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Eu também tenho um Personal Trainer

É ele que não me deixa esmorecer, que insiste em dizer-me que "é só mais um bocadinho...não pares...dá tudo o que tens, agora!...tu consegues...então, isso não é tudo o que tens...o quê? Vais chorar? Não me gozes....continua...temos de ser fortes...vai, é só mais um bocadinho, não pares...."

Ele leva com a minha fraqueza quando já não posso mais, ele leva com a minha raiva quando me apetece partir tudo. Ele conhece-me melhor do que a minha mãe (por ela nunca faria BTT nem ia correr ao frio), ele conhece os meus limites, é ele que sabe tão bem que estou a mentir quando digo que não posso mais!

Para além de PT é também o companheiro de uma vida e como não poderia deixar de ser, é o melhor PT do mundo!

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Digam lá...



Se não fosse o Messi ninguém falava na Bola de Ouro!

Porque já todos esperávamos que o Ronaldo fosse o grande vencedor da "bolinha" e, verdade seja dita, bem merecida.
Mas andava tudo na expectactiva de saber se o Messi ia repetir o feito do ano passado e sabendo ele que não teria hipóteses de ser vencedor e como também não lhe dava jeito não falarem dele, resolveu então repetir o feito e marcar a diferença entre os iguais.

(Digam lá que não ia giro, ah?)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

BTT Report

Sábado é dia de BTT. 
Ainda estou no inicio, muito no inicio. Aí está: quero subir à montanha, quero ser capaz de lá chegar, ando a treinar para isso mas por enquanto ainda ando pelo sopé.

Há já cerca de 15 dias que não pegava na bike por causa da tosse que se apoderou de mim e que teima em não me largar. Mas, mesmo o termómetro a marcar 1º. decidi que tinha que ser. Quanto mais tempo estiver parada mais difícil se torna recomeçar.

O percurso desta vez foi diferente. Não gostei muito e espero não repetir. Nem é pelo facto de ter muitas subidas mas porque tivemos de andar muito pela estrada. E eu não gosto de andar na estrada. Os dos carros não gostam de nós e eu não gosto dos carros. O barulho dos carros é perturbador, fico com alguma ansiedade, stress, e fico bastante mais cansada por andar nesse estado. 

Gosto do monte, gosto mesmo do monte. Já andei pela praia mas gosto mais do monte. Daquele sossego, daquela paz que nos transmite, parece que, somos apenas nós e a natureza. 

As subidas dão cabo de mim. Mas seja de bicicleta, a correr ou até mesmo a caminhar. Sei que toda a gente sente o mesmo mas a mim custa muito mais! As minhas pernas parece que não foram feitas para fazer subidas! 

Desta vez subimos mais que o costume, e principalmente começamos a subir mal saímos de casa. Basta saber por onde vamos e o meu psicológico começa logo a funcionar. Mas vou dando o melhor que tenho, em breve tudo será muito mais fácil. Estou só a habituar as pernas, que nunca fizeram muito exercício, logo que elas estejam habituadas ninguém me vai párar!
O ritmo também ainda é um pouco lento (para quem pratica BTT há muito tempo, as 3 horas que eu faço, são apenas um passeio!). Eu, que nunca sonhei alguma vez na vida fazer este tipo de desporto, eu, que nunca gostei de bicicletas, o bichinho pegou. Já sinto vontade de voltar. Quando os dias ficarem maiores vamos intercalar o BTT durante a semana com a corrida. 

Entretanto esperamos por sábado. Nunca mais chega!

(E a tosse não piorou, acho que até melhorou)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Silêncio perturbador


Este cartaz deveria estar presente em muitos cafés.
Sou bastante adepta das novas tecnologias, aproxima muito mais as pessoas.

Mas tanto aproxima como afasta. Aproxima aqueles que estão longe que precisam do calor e do aconchego de quem cá está. E vice-versa.

Afasta, e muito, os que estão cá, mesmo ao pé de nós. Parece ironia mas não. Estamos perto mas a simples presença física não nos aquece o coração e alma por si só. Precisamos de palavras, precisamos de conforto, precisamos de ser ouvidos, precisamos de carinho.

Um dia destes eu e uma amiga minha marcamos um cafezinho para pôr a conversa em dia. Era muito cedo e estava muito frio por isso não estava ninguém no café. Entrou um Senhor e uma menina, pai e filha, e sentaram-se na mesa mesmo ao nosso lado. O pai tira o telemóvel do bolso e durante uma hora que lá estiveram, esteve sempre a fazer qualquer coisa no telemóvel, a navegar na internet ou no facebook. A menina tomou o pequeno alomoço em silêncio e em silêncio continuou durante essa hora. A menina não tinha telemóvel, entreteve-se a olhar a paisagem o tempo todo e a mexer na carteira dela. O silêncio foi quebrado pelo pai quando lhe estendeu uma nota e a mandou pagar. E saíram os dois em silêncio.

Precisamos moderar o nosso tempo com as redes sociais, precisamos de dar atenção a quem está mesmo ao nosso lado. Este silêncio pode ser muito perturbador e quando percebemos isso já pode ser tarde de mais. 

Ossos do ofício

Colega: O que é que você fez à impressora que estava aí encravada e desde que você chegou não pára de trabalhar?

Eu: Meti-lhe papel :D

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Fim das festas

Já desmontei a árvore de Natal quer no escritório quer em casa.
E em ambos os lados ficou uma sensação de vazio.

O que é Nacional é que é bom

Experimentei o Bolo Rei espanhol e...no me gusta
É só pão com creme ou chantilly, que até nisso é piorzito.


quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Quero subir à montanha

Quero subir bem alto e sentir o mundo a meus pés.
Quero sentir que posso tudo, que sou uma força da natureza e que tudo vale a pena.
Quero subir e encontrar-te, um encontro mágico que perdure na memória dos meus sonhos.

Este é o ponto de partida. 
Aqui se inicia a caminhada.