Crónicas de um fim-de-semana com BTT

Domingo chegaria finalmente o dia da prova de BTT em que o marido colocou tantas expectativas. Andou imenso tempo a preparar-se para isso e com a preparação que tem achou mesmo que poderia chegar ao pódio. Era a prova das expectativas para mim também porque ia conhecer finalmente a pessoa que mais contribuiu para a minha iniciação no BTT.

Dei de caras com o blog dela e num post que me chamou a atenção por ter o mesmo gosto que o meu marido, o BTT e porque depois de navegar um bocadinho no blog descubro que tem os mesmos Jersey's que o meu marido, logo vai às mesmas provas que ele. Mandei-lhe um e-mail e contei ao marido. O marido aproveita-se da situação e põe o selim da bicicleta dele mais velha à minha altura para eu experimentar. Põe-me em cima da bicicleta e faz-me prometer que quando eu passar para os lados da fábrica onde lhe compro a roupa de BTT dele vou comprar uns calções para mim que é o que me falta. Prometo porque sei que tão cedo não vou para aqueles lados. Azar. Dois dias depois tenho de ir lá perto deixar um colega. Prometi, cumpri. Marcamos o primeiro passeio para o sábado seguinte. Contei à Loira, e desde aí passamos a trocar e-mails atrás de e-mails. Ela dá-me força e coragem para continuar. Já a nomeei minha madrinha.

Fiquei contente em saber que a Loira também ia estar presente na mesma prova do meu marido. Ele já me tinha dito que pelo menos eu iria ter de lá ir para o ir buscar porque não ia ter boleia. Disse à Loira, fiquei de a procurar no final da prova.

Quinta-feira, o marido fica doente mas eu acho que é "criquisse" de homem. Sábado ele fica de cama e à tarde começa a ficar com febre. Comecei a ficar triste, lá se foi o encontro com a Loira. A decisão dele veio à noite, da forma que está não pode mesmo ir. Como já tinha programado fazer umas compras lá perto ele pede-me para ir levantar o dorsal dele, antes das 9h. Levantei-me bem cedo porque ainda fica longe e suei para chegar antes das 9h. Deixei o carro quase no meio do caminho e fui a correr. Só eu!!

Comecei a procurar a Loira. Ela disse para procurar uma bike rosa. Euolhava para tudo quanto é lado mas eles eram tantos e todos iguais, comecei aachar que era como procurar uma agulha num palheiro. E rosas? Deve ser modaporque até homens há de rosa! Cada vez que via rosa os meus olhos corriamatrás. Loiras e loiros lá corria eu atrás. Sabia o nr. do dorsal dela por issoperguntei na secretaria se já tinha sido levantado, disseram que não. Esperei.O tempo passava, e eu só ouvia o altifalante a dizer que já só faltam 20minutos, a chamar o pessoal para as boxes. Eu olhava para as boxes mas só seviam capacetes. Faltam 15 minutos, nada. Começo a pensar que vou matar o maridopor me fazer voar até lá e afinal ainda há gente a levantar dorsais. Comecei apensar em pedir uma bicicleta emprestada e ir fazer a prova por ele, mesmo debotas e de capa!! Procuro a Loira mais uma vez mas nada. De repente olho e vejouma Loira. É ela, inconfundível!! Ela é mesmo Loira e não há que enganar. Loiramais Loira não há, mas eu por precaução examino-a bem. Olho para a bicicleta elá está aquela "Kitty" (é a Kitty?), pregada à bike, é ela!! Oencontro foi semelhante a um relâmpago, ela já estava atrasada. Mas tão bom,tão querida, tão fofa!! A promessa é que para a próxima seja um encontro maisdemorado. Eu confio nela, se não confiasse a esta hora não andava de BTT e nãogostava tanto. Temo é que na próxima prova eu também participe e ela desesperede esperar por mim :)