segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Crónicas do meu BTT

Sábado é dia de BTT.
A vontade era nula, como foi para a corrida no decorrer desta semana que passou. O tempo não estava muito seguro, era muito provável que chovesse. Tentei atrasar-me na praça para não sair. Desculpas, só desculpas.
Desta vez nem falamos no percurso, pensei que íamos tentar subir a montanha da semana passada. Quando me disse por onde íamos comecei logo a sofrer por antecipação. Subidas, muitas subidas, logo para iniciar o percurso.

No final das primeiras subidas senti que tínhamos companhia. Comecei a ficar para trás, a andar mais devagar a ver se eles nos passavam. Mas iam tão descansados na conversa que ainda andavam mais devagar que eu. Começaram a chegar mais perto numa das partes mais difíceis e meteram-se comigo por ser mulher mas eu despachei-os logo, não estava com intenções de ter outra companhia que não fosse o meu marido. O marido também não gostou que eles se metessem comigo! Ultrapassaram-me e aproveitei para ir atrás deles numa outra parte mais difícil. Eles iam tão devagar e eu aguentei-me. Fiz como eles, sempre devagarinho e sem me esforçar muito e consegui fazer aquilo na boa. Percebi que mais vale ir devagar do que me esforçar demasiado logo no inicio e perder a força toda. 

Dali a pouco viramos por um trilho que eu desconhecia. O marido avisou que era um trilho de muita técnica. Cedo percebi que eram só raízes, pedras, rochedos. Apesar de ser muito de "vira para um lado, agora para o outro, subida aqui, descida ali", fui sempre sempre quase sem parar. A determinada altura vi que já estávamos a subir muito mas fui devagarinho e perguntei ao marido onde estávamos porque eu desconhecia aquele local e o meu sentido de orientação também não é muito famoso. Ele só me disse "aguenta mais um bocadinho que estamos a chegar ao monte xx". O quê? Estamos a chegar? Como assim? Aquele monte é muito alto, como estamos a chegar? O trilho começou a ficar mais perigoso, eram muito rochedos, a bicicleta estava sempre a bater contra eles. Mas de repente vejo a estrada em alcatrão que dá acesso à capela e nem quis acreditar! O primeiro monte conquistado e logo dos mais altos cá do concelho! Fiquei tão contente, subi aquilo tudo sem ficar com a respiração ofegante, sem estar toda rota, sem levar a bicicleta à mão (ok, em alguns sítios teve de ser porque eu não sei subir rochedos de bicicleta!). Senti-me nas nuvens!

De regresso, o marido comentava que não é o trilho que mais gosta mas eu por acaso gostei bastante, gostei mais do que o outro que fazemos. Mas temos que variar e fazer coisas diferentes. Senti-me uma parva por estar sempre a arranjar desculpas para não ir, tinha gostado tanto. Começou a chover e resolvemos regressar a casa. Para mim a chuva traz um problema redobrado porque uso óculos e não vejo nada à minha frente o que implica algumas paragens para limpar os óculos. Felizmente a chuva parou e vinha tão feliz que senti-me tentada a subir o monte lá perto de casa. Mas comecei a olhar para a subida e pensei que ia ficar pelo caminho e nem comentei com o marido, fica para a próxima.

Foram 18km em 2h. Cheguei a casa como se não tivesse ido a lado nenhum. Temos que aumentar isto, quero mais, preciso de mais.



4 comentários:

  1. Boa, mais uma prova superada :) fico muito feliz por ti.

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  2. é uma espécie de droga, não? parece tão viciante, mas no bom sentido... boa semana!

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  3. É assim mesmo, custa a ir, até podemos não querer ir mas depois sabe tão bem...
    Superaste tudo isso, agora é continuar, sempre... :-)

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  4. Boa! O vicio está a tomar conta de ti. :))

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